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Ruzena Bajcsy – a cientista pioneira em robótica

Ruzena fez contribuições para a robótica e visão computacional, especificamente o desenvolvimento da percepção ativa e a criação de métodos para melhorar a compreensão de imagens médicas

 

Em 1972, em Stanford, obteve o Ph.D. em ciência da computação. Tornou-se professora assistente na Universidade da Pensilvânia em 1977 e foi presidente do departamento de ciência da computação e da informação 13 anos depois — a primeira mulher nessa posição. Em 1979, fundou o Laboratório Geral de Robótica, Automação, Sensoriamento e Percepção (GRASP) na universidade.

Ao longo de sua carreira, Bajcsy foi pioneira em percepção de máquinas, robótica e inteligência artificial, apresentando campos que hoje são considerados importantes áreas de pesquisa. Ela é particularmente conhecida por dois conceitos.

 

O primeiro, a percepção ativa, revolucionou a visão e a detecção robótica. Bajcsy sugeriu que um método mais eficaz de mover os sensores ajudaria a máquina a coletar mais informações. Em vez de pensar em sensoriamento como um processo passivo no qual imagens e medições de sensores eram adquiridas por sensores estáticos, ela desenvolveu robôs que melhoravam sua percepção do mundo movendo ativamente câmeras e sensores, podendo eles alcançar e tocar.

A segunda contribuição pela qual Bajcsy é conhecida, a correspondência elástica, transformou a imagem médica. Este trabalho combina pontos definidos em estruturas e órgãos anatômicos para alinhar, medir e analisar automaticamente partes do corpo de forma única em qualquer indivíduo. Basicamente, um computador pode identificar partes do corpo e ajudar a detectar anomalias ou problemas. A solução influenciou particularmente as medições não invasivas de estrutura e função do cérebro.

A cientista também fundou a UC Berkeley’s Center for Information Technology Research in the Interest of Society (CITRIS), onde é diretora emérita, mesmo após sua “aposentadoria” em 2001.

Em entrevista para o Centro de Historia do IEEE, em 2002, Ruzena falou sobre o comprometimento que as mulheres precisam ter para ingressar na área de computação, destacando que “se você realmente quer alavancar sua carreira, não há saída fácil. Você tem que estar comprometida.” Leia a entrevista completa aqui (em inglês).

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