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Drª Jill Bolte Taylor – A neurocientista que curou o próprio cérebro

 

Em 1996, aos 37 anos, sofreu uma hemorragia grave no hemisfério esquerdo do cérebro, fazendo com que perdesse a capacidade de andar, falar, ler, escrever e lembrar. O lado esquerdo é a metade racional do cérebro, responsável por contextualizar informações, entender padrões, ligar pontos no tempo e delimitar espaços.

Créditos: Kevin J. Miyazaki / Redux

Jill Taylor submeteu-se a uma cirurgia para retirar o coágulo do tamanho de uma bola de golfe. O procedimento foi bem-sucedido, mas a recuperação completa levou 8 anos. Os progressos vieram aos poucos e com muito esforço (cada exercício a deixava exausta e requeria ao menos seis horas de sono a cada 20 minutos acordada).

Após dois anos, com memória e fala recuperadas, Jill retornou às salas de aula. No quarto ano, já conseguia caminhar lentamente e recuperou o raciocínio matemático, o mais prejudicado.

“Aprendi tanto com o derrame que realmente me sinto sortuda por ter passado por essa jornada.”, diz ela em seu livro A Cientista Que Curou Seu Próprio Cérebro (My Stroke of Insight: A Brain Scientist’s Personal Journey, título original).

Em 2008, a Drª Jill foi escolhida como uma das “100 Pessoas Mais Influentes do Mundo” da revista Time e foi a convidada de estreia do webcast “Soul Series” de Oprah Winfrey. Hoje em dia, a neurocientista se concentra em como usar a neuroplasticidade não apenas para recuperação de traumas neurológicos, mas como podemos deliberadamente escolher viver uma vida mais flexível, resiliente e satisfatória.

A cientista refletiu sobre sua jornada no TED “My stroke of insight“. Assista aqui (com legendas em português).

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